
Onde está a esquerda europea de salón, os intelectuais "comprometidos" cando o Tibet berra pola súa liberdade? Que mala sorte teñen os coitados tibetanos (como os saharauis con Marrocos), China non é Israel (a ausencia de imaxes dos mortos debería facer pensar) e occidente non ten interese en deter a súa lenta e inexorábel morte como nación. Mais tranquilos, o 8 do 8 do 2008 a ditadura chinesa inaugurará os seus Xogos Olímpicos. Deixo aquí un post de Thiago Gonçalves
15.03.08
Teríamos um mundo melhor se o Tibet fosse livre. A afirmação contém grandes doses de paixão, certamente. Não é pra menos, já que aqui escreve uma pessoa que nutre profundo respeito por aquele país – e por seu povo.
Teríamos um mundo melhor se o Tibet fosse livre. A afirmação contém grandes doses de paixão, certamente. Não é pra menos, já que aqui escreve uma pessoa que nutre profundo respeito por aquele país – e por seu povo.
O nosso olhar ocidental em relação à sucessão dos fatos históricos nos impede de compreender o mundo de uma maneira minimamente semelhante a como os orientais o fazem. Temos correndo nas veias o imediatismo das soluções intempestivas e rápidas – nem sempre limpas –; cuja explicação certamente passa por nossa “juventude”. Enquanto deste lado do planeta nos acostumamos à preocupação e à precaução extremas, antecipando os passos alheios e, literalmente, exterminando qualquer possibilidade de ação do, assim dito, inimigo, os povos do Oriente aprenderam a respeitar o tempo e suas caprichosas reviravoltas. Enxergamos o tempo histórico como uma linha – e isso nos dá subsídios para acreditar piamente qu

Trata-se, portanto, de uma riquíssima e antiqüíssima história. Essa dimensão histórica imensa confere aos tibetanos (e aos orientais de uma forma geral) uma visão ampla, sem antolhos, de tudo o que acontece. Inclusive, é conhecido o episódio em que um imperador chinês, em resposta a um ministro desesperado com a iminente invasão mongol, lhe sugere paciência pois os agressores acabarão indo embora – como tantos outros antes deles, como tantos outros depois deles. Uma invejável capacidade de compreensão que milênios de história conferem a certas civilizações. Realidade completamente distinta da que nós outros, ocidentais, experimentamos.
A idéia da compaixão para com todos os seres vivos, tão cara ao Budismo em todas as suas variações, é o baluarte da conduta daquele povo. Há séculos cultivando a não-violência, os tibetanos encontraram meios de sobreviver em sintonia com o ambiente inóspito do platô himalaico (uma região com altitudes sempre superiores a 3,000 metros, que permanece congelada durante metade do ano, com níveis de precipitação variando entre 100 e 300mm e temperaturas que atingem -40°C no inverno), especialmente mantendo hábitos herdados do nomadismo; refinando suas tradições culturais – como a própria religião –; construindo maravilhas, como o Palácio Potala (antiga residência do Dalai Lama, na antiga capital, Lhasa) ou as mandalas feitas com areias coloridas (trabalhos incríveis, demorados, cuidadosos – que são sistematicamente destruídas, assim que terminadas). A atual Região Autônoma do Tibet (TAR, a sigla ingles

Se houvesse um Tibet livre, este seria um mundo melhor. No entanto, o mundo espera pacientemente a boa-vontade da China para que trate os protestos por liberdade de um povo oprimido “sem fazer qualquer uso excessivo da força na manutenção da ordem”, nas palavras do alto-comissariado da ONU para os Direitos Humanos. E são apenas palavras. Num ultimato, alguns atletas se recusam a participar dos Jogos – atitude louvável, uma vez que estar na Olimpíada é o sonho máximo de qualquer pessoa que dedica a vida ao esporte. O boicote aos jogos é sugerido por um grupo formado por estudantes americanos, sediados em Nova York (aqui o blog), associado ao Movimento Internacional Tibet Independente (ITIM) e ao Free Tibet. O tom moderado das críticas da comunidade internacional parecem deixar claro que aos tibetanos resta apenas esperar pelo “menos pior”. As autoridades chinesas novamente utilizam força militar contra a população – uma vez que suas tentativas de apaziguar os ânimos tibetanos não surtiram muitos efeitos. Uma moderna ferrovia foi construída em 2006, ligando Lhasa às províncias chinesas do leste; a capital ainda recebeu inúmeras modificações, especialmente nos arredores dos dois patrimônios mundiais escolhidos pela UNESCO: os palácios Potala e Norbulingka, antiga residência de verão do Dalai Lama. Nada disso, no entanto, resolveu o problema da dominação chinesa; muito pelo contrário, uma vez que apenas a aprofunda, criando condições melhores para a permanência em território tibetano de pessoas da etnia han, o maior grupo étnico da China. Aparentemente, estamos novamente perdendo a chance de pressionar o governo chinês a reconhecer a independência do Tibet. Um misto de inércia e má-vontade políticas – já que nenhum país é realmente auto-suficiente para enfrentar a poderosa China numa questão que, ademais, se refere a uns quantos monges, no alto de umas montanhas…
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Sites de interesse
International Campaign for Tibet
International Tibet Independence Movement
Students for a Free Tibet
Race for Tibet Society
Free Tibet Campaign (Reino Unido)
Free Tibet Campaign (EUA)
The Tibetan Buddhist Resourse Centre
1 comentario:
é muito bom ver a rede se formando e se expandindo pra lugares que a gente nem espera.
foi um prazer ver meu post aqui. foi escrito inundado pela emoção/comoção das notícias todas...
és galego? ou me enganei sobre a língua da introdução?
apareça, é sempre um prazer os novos ares virtuais.
abraço,
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